Em sua palestra no 12º Seminário Anual da Covac – que está sendo realizado nesta quarta-feira (25), no Ibis São Paulo Congonhas, em São Paulo – o diretor do Semesp Rodrigo Capelato abordou o mercado educacional.
Capelato fez uma análise dos dados publicados recentemente no Censo da Educação Superior e repercutidos pela imprensa, de que o crescimento do ensino superior não melhorou, pois a porcentagem na rede privada foi menor do que 3% (2,1%). “Quem insistir que o EAD é a bola da vez, vai morrer, porque o crescimento do EAD é a inserção de pessoas mais velhas e não dos mais jovens que saem do ensino médio”, disse.
Segundo Capelato, “a base de escolarização dos jovens diminuiu de 2017 para 2018 (3%). O total de matrículas hoje ainda é de 70% no ensino presencial. No EAD o crescimento ficou em 32,9% na rede privada e 15,6% na rede pública, mas a evasão é muito grande e o público acima de 30 anos”.
Para Capelato o número de polos EAD aumentou 72% de 2017 a 2018, mas quanto maior a oferta de polos, maior será a concorrência e menor serão os preços das matrículas. “A oferta sobe muito mais do que a demanda, e o modelo de negócio está concentrado em poucas mãos”.
A orientação de Capelato foi que as IES explorem o EAD para novos públicos e citou como exemplo, a FIAP, que trabalha o on line com alunos que hoje usam as diversas plataformas como Uber, Spotify, Netflix, entre outras. Ele também explicou que as IES não devem entrar em concorrência de preços e reduzir as suas mensalidades.
Em termos de maior procura nos cursos presenciais, Capelato disse que todos da área da saúde são os mais procurados atualmente. Já no EAD, “a Pedagogia continua em primeiro lugar, porque os professores da rede básica precisam ter a licenciatura para continuar a atuar, e os profissionais mais velhos é que procuram esses cursos para conseguiu um diploma mais rapidamente”, finalizou.