Respeitar a razão do próximo, ainda que dela discorde, é entender que o processo racional dele tende a ser igual ao seu. Respeitar ao próximo, portanto, é respeitar a si. O nome tolerância religiosa, nesse contexto, pode não ser o melhor, mas serve para lembrarmos que a fé, enquanto produto reflexivo íntimo de cada um, é igualmente singular. Serve para lembrar que a fé do próximo não é diferente da sua fé. Serve para lembrar que somos todos iguais. A intolerância, por outro lado, é resultado da falta de autocontenção daquele que não aceita o exercício racional do próximo. É reflexo de uma incapacidade moral absoluta diante de si e da infinita pluralidade humana. Portanto, não permita que ninguém limite o exercício da religiosidade de quem quer que seja, pois o combate a intolerância religiosa é necessário para que, sob qualquer prisma, a sua liberdade de exercício da razão também seja respeitada.
Sobre o tema, o Dr. João Paulo de Campos Echeverria, sócio da Covac Sociedade de Advogados, escreveu interessante texto que vale a leitura na íntegra: https://docs.google.com/document/d/1eosxYUfWBnNBskfGFJ0sDYY_IaqS6M9C/edit
Um brinde ao dia nacional de combate à liberdade religiosa.