Hoje a Constituição Federal completa 34 anos e o sócio Kildare Meira fala sobre o tema. É preciso coragem e utopia!
A Constituição de 1988 foi feita com Democracia, pela Democracia e em Democracia, esse foi seu motivo, seu fim e seu meio, foi uma resposta da sociedade há mais duas décadas de uma ditadura que nos causou “ódio e nojo”, como bem dito nas palavras de Ulisses Guimarães proferidas em 5/10/1988, ao promulgar de forma histórica esse texto legal que nos pretende fazer uma pátria cidadã.
Comemorar os 34 anos da Constituição “Cidadã” nos impõe olhar com coragem para a conjuntura de um Brasil de 2022 em que a Democracia é atacada, a ditadura é exaltada por correntes políticas vivas na nação, que usam a afronta e o descumprimento constitucional como método político e faz confundir patriotas com traidores da pátria. E coragem não nos pode faltar ao celebrar a Constituição, pois nos dizeres de Ulisses Guimarães, essa é matéria-prima primeira da nossa carta e que ela nos inspire a defendê-la até nas virgulas, pois a certeza que nos inspirou o discurso do timoneiro é que “a persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia.”
Para além dessa distopia que urge enfrentar com coragem, devemos continuar a perseguir o bom combate que toda a sociedade que materializou o sonho democrático escrito em 1988 tem perseguido como sua utopia, a luta que tem feito avançarmos com democracia, na direção certa, o fim da miséria, o fim do analfabetismo e a justiça social com a máxima igualdade possível, para podermos efetivar o sonho sonhado de um Brasil Cidadão.
Celebrar os 34 anos da Constituição Brasileira de 1988 nos exige ler com atenção o discurso do Dr. Ulisses Guimarães ao promulgar nossa Carta Magna em 5/10/1988, ter coragem para defender a democracia e ousadia para voltar a sonhar com a utopia de 1988, um Brasil Cidadão.