Desde 1992 a ONU convida a raça humana à empatia no dia 3 de dezembro, a pensar, a debater e, principalmente, conscientizar-se a respeito da importância de assegurar uma melhor qualidade de vida a todos os deficientes ao redor do planeta. Sobre o tema, o Dr. Kildare Meira, sócio da CSA, escreveu o presente texto.
Estamos falando de 1bilhão de pessoas ao redor do mundo, 18,6 milhões de brasileiros, 8,9 % da população segundo o Censo do IBGE divulgado nesse ano, gente que tem menor acesso à educação e à saúde, sendo uma desigualdade que afronta à nossa sociedade construída com base na Constituição de 1988.
É preciso pensar sobre isso, é preciso mudar de dentro para fora, seja cuidando da linguagem, seja pensando de forma inclusiva, é necessário indignar-se com o preconceito, com a desigualdade e, sobretudo, com o comodismo de acreditar que essas pessoas não podem ter oportunidades iguais.
Há cerca de um ano participei de um evento para deficientes visuais e fui confrontado com os meus hábitos de falar para um público com deficiência sem ter o cuidado da empatia, ao perceber que todos os expositores, antes de sua fala, faziam a autodescrição. Eureca pensei eu, como nunca tive o cuidado de, ao falar para quem não enxerga, dizer como sou fisicamente, como pude furtar esse público que parou para me ouvir de poder perceber as características do seu interlocutor, que falta de educação! E esse é o ponto, a Educação!
Precisamos nos educar, educar a sociedade a ter empatia a se indignar com alguém excluído e tratar de buscar por todos com acesso igual. A data de 3 de dezembro tem esse objetivo, fazer a utopia da igualdade caminhar!
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